quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aproximando ...


Gosto de tudo que possa ser visto bem de perto ...

Pra sentir o cheiro, a temperatura , a textura e o sabor ,

pra escutar baixinho , e para sugerir o desejo selvagem

da curiosidade infindável que só sente quem quer estar perto ...


Chegando perto os detalhes emocionantes te pemitem experimentar

uma visão quase interior , que cuidadosamente amplia a sua vontade

e interesse em estar cada vez mais ali ...

Como se observando uma flor ,

para escutar que música ela canta quando os ventos tocam suas pétalas ...


Tapetum


Refletindo no brilho dos olhos

as alegrias, as emoções, as surpresas, as escolhas

os caminhos percorridos e escolhidos e as opiniões ...

E de fato quando a luz das nossas realizações atingem

a superficie espelhada da retina .

Não precisamos de lanternas a noite para nos

dirigirmos a floresta !

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Rembrandtniana


Sob a luz natural da consciencia sinto o aliviar e o intensificar das luzes

e das sombras , e o visível e o substancial sendo unidos pela experiencia da entrega ...

Assim como Rembrant , que expressa o gesto, a insinuação , a fronteira de tudo o que registra

os olhos e a mente ...

Como se pudessem ser disponibilizadas tintas as emoções ,

elas ampliam

nas luzes os tons necessários para o melhor entendimento .

Continuo neste fluxo percebendo a vida com toda a profundidade e contorno que ela tem ,

tridimensionalmente , imprimo os mapas sensoriais

dos fatos , enquanto lembro de toda a luz que o flash não

salvou , mas que meus olhos entenderam como um quadro

pintado por Rembrant

guardando cuidadosamente a maravilhosa experiência de um dia comum

repletos de coisas comuns , observada e sentida durante a expedição indecifrável

de todos os momentos em que a gente se permite enquanto o Universo fica

brincando de nos provocar reações ...

E lá vou eu de novo me percebendo com o coração saltitante ,

produzindo eletricidade estática ...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Relampago poético


Eu não consigo fraccionar a realidade,

Hoje eu não quero ser um relâmpago escrevendo poesias com recursos metafóricos.

Não quero um fenômeno físico em si, trazendo uma idéia de velocidade ou anulação.

Quero num feito real,

participar de um ritmo ambientado em nossa vida comum.

Quero ser o inesperado, a relação entre o visível e o invisível.

Não ser oscilante e perder minha progressão rítmica.

Não me perder na idéia linear de tempo,

Não quero me esgotar de nós mesmos.

Não vou determinar a existência de uma época

Vou simplesmente me fazer presente , em tudo aquilo que tem que ser.

olhar de frente toda raiz de todo o entendimento

Contemplar o mistério da origem , e a origem do mistério

Quero me comunicar com voce sem receitas

E nós dois preenchendo o tempo já identificado como o oxigênio de um uma visão singular do que fomos nós

por que nos encontramos e nos re-encontramos .

e sentimos uma galáxia já fundamentada e viva no primeiro sopro da nossa poesia.

Assinemos o testemunho dessa verdade original,

Pode parecer inocência,mas eu quero a poética da poesia ativa.

Seja ela um trovão , a primavera ou o deserto ...

(texto escrito em março/2007)

Onírico e tinto




Adentra meus sonhos

E tem a chave do meu jardim

Cuida das rosas , e encanta os jasmins

Entra no líquido de cada taça ,

se desenvolve entre as notas rubro carmim

escolho te levar pra longe

Perto das sensações mais oníricas que a madrugada amplia

Desse meu lugar que hoje voce roubou de mim ...