terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pra explicar eu mostro ...

De intensidades eu vivo ...
Pra expressar eu canto,
pra alegrar eu danço ,
pra ser quem sou eu
simplesmente permito assim ser ...

Malabares pros ventos e dança pro oceano



Em paz com os deuses que ja se mostram desarmados ,
Habito minha essência em plena comunhão de acordo
Amplio minha rotina de continuar equilibrando nos malabarismos dos dias nas linhas que desafiam as regras de gravidade , mas que permitem a dança dos sentidos despertos ...
Navego num oceano lúdico de possibilidades férteis , e ganho a amizade dos ventos ,
Confio jogar fora a bussola e me guiar pelo coração . Alinho minha mente em favor dos sentimentos e danço flamenco intensamente na proa do barco que serve e é servido ...
Construo pontes , mas escolho atravessar a nado, porque me agrada sentir a correnteza comunicando movimento a minha presença .
Já te contei que sei voar , mas não te mostrei minhas asas . Douradas , fortes , sutis ...
Te levo comigo se você quiser, mas não posso e não vou ser responsável pelos seus medos .
E muito menos te esconder minha coragem .

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A tradução da chave.





 Emoções , num sarau com


sentimentos, pensamentos , experiencias e motivações 


estimulando a tal descoberta dos tão vívidos simbolos .


Proposta interessante .


Indecifrável ,eu pensava .


Hieróglifos desembarcando no porto dos meus sentimentos impacientes.


Traduzi . 


Já tenho tua resposta . 

Livro novo, Milles Davis e dopamina


E chegou em casa com livro novo e possivelmente algumas gramas a mais pelo fato de ter curtido um arsenal de prazeres gustativos  na Galeria dos Pães , mas tá chovendo, o clima pede gostosuras mesmo e eu me deleito sem culpa ...
O ideal seria arrumar algumas coisinhas em casa ou estudar frances ou pegar para terminar aquela planilha que já esta a semanas esperando o golpe de minerva ... Ah mas essa chuvinha e o clima da livraria Cultura me inspira e abro uma lacuninha pra fazer o que adoro ...
Escrever .
Ainda não sei que tema . Sento na frente do caderninho com teclado iluminado abro e fecho os olhos rapidamente para buscar sentimento ... Estou feliz , dopaminicamente tranqüila , e com uma energia gostosa de  “ tudo bem meu bem “
 Não estou afim de reconstruir lembranças ou fazer uma retrospectiva pra deixar as sensações tomarem forma .
 Então, mergulho no café gostoso e quentinho e cheio de carinho que se fez presente em ação dando um sabor encorpado pra visita as prateleiras e pra minha mente que fica inquieta de idéias quando me encontro em meio a lugares que ampliam e reciclam, e inovam o que eu sei .E quentinha e cheia a xícara de café inundada de letrinhas gravadas em cada livro das prateleiras me trouxe liberdade num finzinho de  tarde onde a chuva trazia nuvem pro chão e molhava os pés e os cabelos . Onde o vento no horário de verão passava mais rápido com as horas e isso não me preocupava nem um pouco .
E que cognitivamente vou percebendo que gosto cada vez mais do que me faz bem , do que me leva como numa maquina pra lugares desconhecidos transformando idéias velhas, acolhendo as boas e novas , as que inspiram permissões, e me fazem fugir da pesudo segurança de ficar aonde sei .Quero o
 I (eu) ná(não) sei  sivel (senti ainda) = Inacessível . Visivel , tátil , e realmente quero que  ele me use para reproduzir tudo de bom que  o novo quer me proporcionar . Por que no café gostoso , eu pedi pra avisar que eu não me atraso nem mais um minuto pra ser , cada vez mais ser sensível . Gosto tanto que já nem me causa espanto.se tiver afim de pular pulo e se tiver afim de cantar canto , talvez ainda cante no canto porque sou charmosamente tímida , e intensamente buscadora. Gosto de criar palavras mais pra fazer sentido , e fazer sair do sentido de forma diferente, pra brindar o que se sente .
E eu sinto ...
E ainda esta chovendo .  E eu to adorando. E ouvindo Milles Davis .

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Hipodâmia



Eu que não gosto muito do titulo " Matar um leão por dia " pra representar
a energia gasta diariamente para realizar novos planos , fortalecer novas idéias,
ampliar especiais sonhos e querer ainda mais que ontem ...


Nunca me senti uma navegadora num mar escuro, e mesmo se um dia assim sentisse
 não iria procurar montanhas ou faróis pra indicar o rumo.
Certamente olharia pra cima,buscando as correspondências entre os espaços da Terra e do Céu .

Então hoje a noite ,a  garoa brilhando sob o carro, a MPB que sentava nos 4 assentos disponiveis, desacelero passando  na sinaleira eletronica que me indica a dirigir a 40 por hora por conta do radar , se não tô multada !

Meus cavalos não, eles correm livres em minha mente , em meus sentimentos e emoções,
e conseguir domestica-los em pleno campo sem farol, é uma tarefa complicada... diria quase que impossível , e
quase como  que medir o tempo, na falta da materialidade aparente do espaço , onde só posso medir indiretamente ... Selvagens e intensos , me lembram constantemente a minha natureza .



Ciclos e estações 
de solidão
de expansão
de correr
de ficar
de fortalecer
de imaginar
de se envolver
de se manter distante
de procurar
de descansar
de criar
de incubar
de participar do mundo e voltar ao canto da alma.
(mulheres que correm com lobos)

domingo, 2 de outubro de 2011

Metade






Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que o homem que eu amo seja pra sempre amado
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
Oswaldo Montenegro