sábado, 4 de dezembro de 2010

Relampago poético


Eu não consigo fraccionar a realidade,

Hoje eu não quero ser um relâmpago escrevendo poesias com recursos metafóricos.

Não quero um fenômeno físico em si, trazendo uma idéia de velocidade ou anulação.

Quero num feito real,

participar de um ritmo ambientado em nossa vida comum.

Quero ser o inesperado, a relação entre o visível e o invisível.

Não ser oscilante e perder minha progressão rítmica.

Não me perder na idéia linear de tempo,

Não quero me esgotar de nós mesmos.

Não vou determinar a existência de uma época

Vou simplesmente me fazer presente , em tudo aquilo que tem que ser.

olhar de frente toda raiz de todo o entendimento

Contemplar o mistério da origem , e a origem do mistério

Quero me comunicar com voce sem receitas

E nós dois preenchendo o tempo já identificado como o oxigênio de um uma visão singular do que fomos nós

por que nos encontramos e nos re-encontramos .

e sentimos uma galáxia já fundamentada e viva no primeiro sopro da nossa poesia.

Assinemos o testemunho dessa verdade original,

Pode parecer inocência,mas eu quero a poética da poesia ativa.

Seja ela um trovão , a primavera ou o deserto ...

(texto escrito em março/2007)

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