sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Amor nos tempos de reposição de potássio

















Cansada sim, com medo não...
Agitação no momento de curar antigas feridas e sair da ambivalência paralisante. E nestes dias de  agitada quietude forçada, eu percebi que não vim preparada para enfrentar cortes e pontos, mas que na hora da verdade, ao menos para mim não existe nada além de inspirar profundamente ganhar coragem e deixar ser, acontecer... Por fim deixar ir.
E entre a roupinha azulzinha de smurffet, e a resistência de Sísifo perante as picadas de potássio com 500 ml intravenoso, eu pedi que minha criatividade, nem no momento de dor seja censurada, ou banida. E nessa incomum semana Gróguica (ato de estar grogue), e onde minhas escolhas abriram mão para a obediência sem consulta para a reestruturação da minha saúde e com a acuidade de uma loba deixar meu requintado ouvido ainda mais apurado, e curado.
Curiosa para o que vai ser diante de tudo o que é, meu corpo me estimula a aguentar ficar quietinha porque sabe que vai ser recompensado. E meio que olho para tudo isso e digo numa  entre a sensibilidade vulnerável e a ansiedade, assimilo Gre, é pro seu próprio bem.
Quem me conhece e ou me lê, sabe que não sou uma mulher que cede com facilidade, e com entrega e humildade tive que aprender a fazer diferente do “meu jeito” que estava habilitado  a ser respeitada por seu próprio modo e fazer as coisas como bem achar melhor.
Agora, escrevendo textos diferentes dos habituais, corticóidica e inchada, numa roupa azul nada charmosa penso com toda vontade no Amor...
Amor mesmo. Toque, olhares intermináveis, beijo com direito a todas as temperaturas, musicas pra dançar coladinho na sala sozinhos, receitas pra fazer a dois, lençol perfumado, estrelas, Primavera, bom humor, risadas gostosas e vinho tinto... Porque é disso que eu gosto, de ser acolhida nos meus destemores e veemências quando se trata de culinária, amor, paixão prazer e sonhos.De ser despida e investigada com o olhar de reciprocidade e soltar meu cabelo em meio aos braços do meu amado para um chamego charmoso.
E nesta noite eu quero uma alegria imensa, não só continua, mas crescente, para me deixar atarefada de pensamentos e o tesouro de um texto seu. Porque a fome e intensidade de um instinto feminino apaixonado aumentam ainda mais na Primavera... E me amar na Primavera é como abrir e entrar majestosamente em meu coração e pensamentos. 

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