quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sopa quente na noite fria


Ta bem frio em São Paulo hoje
e entre o chá e a sopa ,( que decido fazer por que é mais saudável que pizza mesmo rs),
venci a prequiçinha de fazer barulho na cozinha .
Enquanto corto a salsinha , e meus pés queriam mais meia na pantufa ,
senti que a pele é o que fica entre nós e o mundo .
A pele esse imenso envólucro que sente frio, calor, tesão , arrepio, formigamentos ,
e inúmeras sensações corajosas pra um tecido que quase sempre é coberto por malhas e vestes mas em essência sempre esta desnudo . Por que é o que toca em primeiro plano tudo o que chega até ele .
Termino minha sopinha, encho duas conchas levo o pratão ,
pra mesinha da sala ,brotando fumacinha dele .
E eu ... faminta transformando torradas em
croutons pra deixar essa sopa de milho e quinoa além de quente e gostosa , crocante ...
A lingua é mais sensível ao calor que todas as outras partes do corpo ,
porque se a sopa passou pelo teste da lingua , certeza que não queimará a garganta ...
ah bobagem ...
Digo isto porque queimei a lingua , óbvio .

Os pés quentinhos , a janela sem cortina , a garoa que não enjoa porque esta lá pra lembrar que
hoje é dia de vestir –se de urso e hibernar na casinha .
Confio no meu sangue quente , espanhol como força vital,
mas putz ...
hoje tem um monstro que se alimenta dele .

Tá .
chega de falar de frio .
Boa noite !

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